sábado, 7 de janeiro de 2017

PCC JÁ TERIA PLANO PARA SE VINGAR DE FAMÍLIA DO NORTE (FDN)



O ponto de partida para a investigação é uma carta supostamente assinada pelo Comando Regional Norte do PCC. Em um dos trechos, diz-se que "essa dita facção FDN será dizimada da face da terra"
A Polícia Civil de São Paulo investiga se o Primeiro Comando da Capital (PCC) já teria repassado a “ordem” para que bandidos aliados se mobilizem para se vingar da facção criminosa Família do Norte (FDN), que matou 60 presos em penitenciárias do Amazonas.
O ponto de partida para a investigação é uma carta supostamente assinada pelo Comando Regional Norte do PCC, que circula em grupos de WhatsApp. Em um dos trechos, diz-se que “essa dita facção FDN será dizimada da face da terra”. Para isso, afirmam que contam com o apoio de bandidos do exterior e até de facções rivais.
A união dos criminosos seria porque a FDN, ao promover o massacre em Manaus, quebrou o “código de ética” do crime, que impõe uma suposta convivência com grupos rivais, pois a “meta” sempre foi “lutar contra o Estado e não contra nossos irmãos mesmo que de outras organizações fossem”.


Diz o texto: “Saibam que vocês (FDN) declaram guerra não só ao PCC, mas a todos aqueles que lutam contra o Estado corrupto brasileiro... Essa chacina foi uma declaração de guerra contra o tráfico de drogas de todo o Brasil. Uma facção sozinha não será capaz de destruir anos de aliança dos irmãos”. Os bandidos afirmam ainda que a guerra de facções travada nos morros, nas periferias, nas favelas, vai ganhar as ruas.




Na carta, os criminosos se mostram solidários às famílias das vítimas e dizem que irão providenciar indenização. Pedem também ajuda financeira dos demais integrantes da facção criminosa para complementar os valores. 


O texto acaba com a conhecida marca do PCC “paz, justiça e liberdade”. 


O Ministério Público Estadual do Amazonas formou uma força-tarefa com 12 promotores que vão acompanhar as investigações sobre o massacre de Manaus. As apurações vão desde descobrir quem são os responsáveis pela matança até as suspeitas de irregularidades e superfaturamento do sistema de terceirização da gestão prisional do Estado.


Segundo o presidente da Associação Amazonense do Ministério Público, promotor Reinaldo Alberto Nery de Lima, o grupo vai apurar pelo menos cinco frentes: a investigação do massacre, da conduta dos gestores, dos contratos das empresas prestadoras de serviços, situação dos presos provisórios e dos presídios do interior.
Ele disse que o Ministério Público, juntamente com as demais autoridades, está atento para eventuais desdobramentos no âmbito criminal por causa da chacina em Manaus. É investigada uma possível participação de integrantes do PCC em oito assassinatos registrados em dez horas na capital.


“A população fica assustada sem saber se é uma coincidência (as mortes) ou não. Mas o Ministério Público também vai acompanhar essa investigação”, afirmou. (Agência Estado)


Números


56 presos foram mortos em uma penitenciário de Manaus (AM)


184 internos fugiram da mesma unidade onde ocorreu o massacre





Saiba mais 


De acordo com o site G1, “uma casa antiga e malconservada em uma região modesta do Centro de Fortaleza é o endereço da residência de Arleny de Oliveira Araújo, diretora financeira da Umanizzare Gestão Prisional e Serviços S.A”, empresa responsável pela gestão do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, onde 56 presos morreram em uma rebelião nesta semana. O endereço de Arleny consta em documento da Junta Comercial de São Paulo, onde está a sede da empresa.


Fonte: O Povo

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